Fornos
tipo “rabo quente” de superfície.
Os fornos do tipo rabo quente realizam um ciclo a cada
seis ou sete dias, podendo chegar
a dez dias se a umidade da lenha for elevada, cujo
período se divide em duas partes. Primeiro
vem o acendimento do forno e o controle da
entrada de ar, quando ocorre
efetivamente a
carbonização. Terminada a carbonização, que dura em
média três dias, o forno é completamente
vedado com argila e deixado em resfriamento até
atingir temperaturas internas em torno de 40
em contato com o ar (PIMENTA, 2002).
Nos fornos do sistema tradicional pesquisado, o ciclo de
produção inicia-se após a
construção do forno, onde são utilizados
aproximadamente 3.000 tijolos assentados com cerca de
três toneladas de uma massa preparada com água, cal e
de terra argilosa encontrada em
abundância naquela região e ainda uma cinta de
aço com aproximadamente 12 metros de
comprimento, quatro centímetros de largura e uma
polegada de espessura envolvendo a parte
externa do forno cuja função é dar sustentação às
paredes.
A construção do forno geralmente é feita pelo na
própria carvoaria e quando se faz
necessária a contratação de mão-de-obra terceirizada é
feita por empreitada. Cada forno, se bem
construído e adequadamente operado, tem uma vida útil
de dois anos, e se for bem mantido e
reformado quando necessário pode estender a vida útil
até 10 a
12 anos.